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''É quase certo que devo dedicar uma grande parte da minha vida ao estudo da ‘filosofia natural’. Há um grande trabalho para ser desenvolvido nessa direcção . E, no meu ponto de vista, a história viva, a apaixonante história das ciência físicas e matemáticas ainda se encontra para ser escrita. Não é isso que a história realmente é, a educação da grandeza humana, tal como a sua fraqueza?''
Foi esta fé iluminada e liberal que guiou Sarton ao longo do seu percurso, perante a complexidade e esforço que tarefa a que se propôs –
O primeiro grande passo foi a criação da '''Isis''', publicação sobre História da Ciência que se tornou na primeira ferramenta institucional que lhe foi necessária para transformar uma vasta área de conhecimento numa disciplina que acreditava ser dedicada à comparação e síntese, apesar da sua concepção filosófica. As suas crenças neste âmbito foram descritas em algumas palavras no primeiro volume da sua monumental da ''Introduction os the History of science'':
Na realidade pode perceber-se nestas palavras de Sarton o paradoxo por detrás da sua carreira: de um lado a criação de infraestruturas para a História das Ciência,de outro a vontade de atingir um objectivo maior: ''o novo Humanismo.''
Os seus planos e ideais viveram tempos de incertezas com a I Guerra Mundial e Sarton depositou as suas esperanças nos EUA. Foi já como investigador associado do ''Carnegie Institution'', depois de ter leccionado durando dois anos na Universidade de Harvard, que Sarton de dedicou ao estudo de Leonardo da Vinci e seus manuscritos e a um livro ‘The teaching of History of Science’. Sarton tinha inúmeros projectos simultêneos - a história da Física no séc.XIX, uma descrição completa do início da Ciência, uma enciclopédia chinesa, uma exibição do progresso da Ciência, um catálogo de instrumentos científicos até 1900
- que acabaram por revelar um mau método,reflectindo um avanço lento das suas criações. Surgiu ainda o plano de editar, em conjunto com Charles Singer a História Geral da Ciência e Civilização, escrita por académicos consagrados em 12 volumes, durante a década seguinte, pelo Oxford University Press. Em 1934 esta edição era ainda um projecto, tendo mudado de nome para The Harvard History of Science, em oito volumes ilustrados. A sua grande obra começou no entanto a ganhar forma, na época do seu retorno à Bélgica, sendo '''The Introduction os the History of Science''' – um compêndio de fontes de informação às quais os alunos poderiam recorrer, inicialmente pensado para oito volumes, cujo primeiro foi publicado em 1927 e o terceiro por volta de 1948 atingindo apenas 1400 AD e demostrando que este trabalho atingiria uma dimensão muito superior à inicialmente pensada.
Nos seus últimos anos ocupou-se de inúmeras palestras nas várias Universidades Americanas de onde derivaram estudos como ''The History os Science and the New Humanism'' (New York, 1931) e ''Appreciation of na Ancient and Medieval Science During the Renaissance'' (Philadelphia, 1955) e principalmente das suas obras superiores, anteriormente referidas. No que seriam das suas últimas declarações, George Sarton continuava a expressar a sua convicção em que o único caminho para ao progresso intelectual é a pesquisa científica, no entanto acabou por concluir, tal como outros Historiadores da Ciência, que o seu trabalho era mais abundante em história e cultura do que na narrativa do desenvolvimento científico.
George Sarton tornou se a representação da História da Ciência para ambos os públicos europeu e americano. Escreveu [[15 livros e aproximadamente 300 artigos e notas, para além de ter editado a Ísis durante 40 anos e produzido cerca de 79 bibliografias críticas da História da Ciência]]. Foi honrado com uma variedade de prémios, incluindo Charles Homer Haskins Medal of the Mediaeval Academy of America (1949) e George Sarton medal of the History os Science (1955). Também a sua presença em Harvard se revelou crucial para a criação e legitimação de um departamento que é no presente uma dos maiores centros de História da Ciência. Contudo a innfluência de George Sarton na disciplina em que tanto trabalhou para criar não deixa de ter um lado obscuro: criando um jornal, bibliografias críticas e sobretudo escrevendo, a ''Introduction'', entre outros este reuniu elementos necessários à prática da disciplina mas nem métodos nem orientações para que este campo perdurasse. A História da Ciência é agora um campo de conhecimento consolidado. À primeira vista parece que esta consolidação teve pouco a ver com George Sarton, no entanto, este não só criou e reuniu os materiais mas no fundo foi o primeiro arquitecto da História de Ciência como uma disciplina organizada e independente.
== Bibliografia ==
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